Geração Y: você está preparado para ser liderado por eles?
A geração Y é composta por todos aqueles que nasceram entre 1980 e 1995. Algumas definições ainda consideram os nascimentos até o ano 2000. Também estão muito presentes numericamente: só os jovens adolescentes entre 10 e 24 anos somam 1,8 bilhões de pessoas, e sua maior concentração está na Índia – onde moram 356 milhões desses jovens. O Brasil fica em 7º dentre os países com mais pessoas nessa faixa etária no mundo, com 51 milhões (dados da ONU).
São, também, inquietos – estão sempre em busca de novidades e nunca se acomodam ou defendem causas e marcas se não se sentirem totalmente representados por elas. Segundo uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), 99% desses jovens dizem que só se mantêm envolvidos em atividades de que gostam, e 96% deles encaram o trabalho como uma ferramenta de realização pessoal – não mais uma necessidade ou obrigação. Essa inquietude se reflete também no mercado de trabalho: 56% dos profissionais dessa geração querem ser promovidos em um ano.
A Geração Y, caracterizada, em sua maioria, por pessoas arrojadas, proativas, tecnológicas, com sede de crescimento e realização, tem se valido desses pontos fortes para alçar voos cada vez mais altos, de forma cada vez mais precoce.
Esses dados, tão conhecidos nos dias de hoje, são sempre utilizados para explicar ou justificar a dificuldade de liderar “essa geração nova”, como é comumente citada. Entretanto vivemos, atualmente, um movimento interessante: profissionais, cada vez mais jovens, assumindo cargos de liderança e liderando, inevitavelmente, também os mais velhos.
Isso não quer dizer que os mais jovens sejam mais preparados e sim que eles têm apresentado um comportamento fundamental para o mundo de negócios: foco em resultados! O fato de ter habilidade tecnológica quase inata ajuda a evoluir em conhecimento e atuação com velocidade extraordinária.
A grande questão, portanto, é: como ser liderado por uma pessoa da geração Y? Se existem conflitos de convivência entre as gerações para lidera-los, imagine para ser liderado por eles. Um ponto muito importante a esclarecer é que não são “eles” que são difíceis. Precisamos conhecer os diferentes perfis e conhecer as características da equipe. A diversidade é extremamente saudável se praticada respeitando o alinhamento estratégico da liderança. Os conflitos, enxergados na maioria das vezes como indesejáveis, são na verdade combustível da criatividade e da quebra de paradigmas.
O grande vilão da história, nesse caso, é o ego. Em ambos os lados é ele que distancia a equipe: faz com que a geração Y não respeite a hierarquia e também faz com que a geração mais velha não abra espaço para novas ideias dos jovens.
A troca de experiências pode ser uma boa opção. A geração Y valoriza equipes abertas e honestas, são muito úteis na hora encontrar soluções criativas e estão sempre atentas às tendências de mercado. Oferecer flexibilidade, alinhamento com objetivos estratégicos da empresa e ser complementar às características do outro construirá o caminho mais rápido para potencializar os resultados.
Independentemente da idade ou sexo, não existe a geração ideal: o que existe é o profissional certo para o lugar certo. Afinal, “não são as pessoas que fazem a diferença nas organizações, mas sim as pessoas certas!”
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